Recuperação de cursos d’água a partir de universalização do esgotamento foi um dos temas abordados em painel promovido pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM).
A transformação social proporcionada pelo saneamento básico, com mais saúde e qualidade de vida para a população, foi um temas apresentados pela Águas de Manaus durante o Seminário “Igarapés de Manaus: desafios da governança e preservação”, realizado pelo Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) via Escola de Contas Públicas (ECP) e Ministério Público de Contas (MPC). A concessionária também destacou o Trata Bem Manaus, programa de expansão do sistema de esgotamento sanitário na capital amazonense, e como esse trabalho pode auxiliar na recuperação dos igarapés da cidade.
O encontro foi realizado na manhã de quarta-feira (20), na sede do TCE, na Avenida Ephigênio Salles, bairro Aleixo. O evento contou com a exposição interativa e itinerante que reproduz a estrutura pioneira de saneamento no Beco Nonato, localizado no bairro da Cachoeirinha. O local foi a primeira comunidade de palafitas a ter acesso a água tratada, em um trabalho premiado pela ONU, e à coleta de esgoto.
Durante o Seminário, um dos pontos apresentados pela concessionária foi o Trata Bem Manaus, programa de expansão dos serviços de esgotamento sanitário rumo à universalização em menos de dez anos. O programa, que contempla investimentos de aproximadamente R$ 2 bilhões, é resultado de uma série de estudos que consideraram as particularidades geográficas e dos corpos hídricos de Manaus. Além do esgotamento sanitário, o trabalho que resultou na universalização da distribuição e tratamento de água tratada, bem como os desafios para alcançar esse patamar, foram abordados.
No painel da concessionária, também foi apresentado o trabalho pioneiro com a tarifa social, a partir da Tarifa Manauara e da Tarifa 10 – esta última, lançada há exatamente um ano, estabelece valor fixo de R$ 10 reais nas contas de água e esgoto. Juntas, as duas tarifas somam mais de 120 mil pessoas cadastradas na capital amazonense.
“Saneamento básico é um relacionamento constante com a comunidade, a partir da preocupação em levar dignidade e bem estar para as pessoas. Transformar uma cidade por meio do saneamento representa também a recuperação dos cursos d’água (rios e igarapés). É um sonho possível, e que tornará Manaus uma cidade com mais atrativos ao turismo e maior valorização imobiliária”, destacou o diretor-presidente da Águas de Manaus, Diego Dal Magro.
O evento é alusivo ao Dia Mundial da Água, comemorado nesta sexta-feira (22). Além da concessionária, participaram dos painéis representantes das secretarias municipal e estadual de Meio Ambiente (Sema e Semmas), Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e de movimentos da sociedade civil pela defesa do meio ambiente.
“Que este evento não seja apenas informativo, mas também sensibilizador, despertando a consciência da sociedade e dos gestores públicos para uma questão tão relevante e preocupante”, pontuou a conselheira-presidente do TCE-AM, Yara Amazônia Lins.