No Dia Mundial do Sorriso, dentista da Hapvida Interodonto destaca a importância de pacientes ficarem atentos a sinais como sangramento e lesões na boca
A saúde bucal está intimamente ligada à saúde do indivíduo. Não é possível classificar uma pessoa como saudável quando ela apresenta doenças periodontais. No Dia Mundial do Sorriso, celebrado neste domingo (28), é essencial entender que manter o sorriso em dia não é só uma questão estética. Baixa imunidade, HIV e diabetes, por exemplo, podem levar a complicações em cadeia, daí a importância de fazer o acompanhamento especializado também com um dentista.
“Alguns pacientes que têm doenças sistêmicas ou que tomam algum tipo de medicação para tratamento oncológico já têm um sistema imunológico mais fragilizado e precisam ficar mais atentos, porque estão mais suscetíveis a diferentes alterações”, explica a dentista consultora da Hapvida Interodonto, Caroline Cavalcante.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças bucais afetam cerca de 3,5 bilhões de pessoas no mundo. No Brasil, as doenças periodontais, que se caracterizam pela inflamação dos tecidos que sustentam os dentes, foram apontadas como uma das principais causas de perdas dentárias.
Escovar os dentes após as refeições é o cuidado mínimo que todos precisam ter para manter a saúde bucal em dia. Segundo a dentista, o enxaguante é auxiliar, mas o fio dental deve ser usado diariamente para alcançar os locais em que a escova não chega.
“É muito importante que, mesmo com todos esses cuidados, você tenha uma consulta com um dentista a cada seis meses. Caso surja algum sinal de alerta, que pode ser um sangramento excessivo, uma lesão ou alguma manchinha, é preciso antecipar o retorno”, alerta.
A especialista explica que o sangramento pode ser uma gengivite – inflamação da gengiva –, provocada pela escovação inadequada, ou pode estar associado à gestação, à puberdade ou até ao estresse. O diagnóstico preciso é dado após a avaliação especializada. Se necessário, o tratamento será realizado de forma multidisciplinar, com o envolvimento de outras especialidades, entre elas a psiquiatria.
“Um tártaro, que é aquela parte amarelada endurecida que a gente tira durante a limpeza, quando não é removido, pode crescer por dentro da gengiva e atingir o osso. Isso é a periodontite, e ela pode provocar o amolecimento do dente ou até a perda. Ela está muito associada também a pacientes com diabetes”, conta a dentista.
Nesses casos, é recomendado o controle da glicemia, mas também a limpeza frequente de placas e da gengiva para evitar inflamações. Pessoas com HIV ou lúpus tendem a ter baixa imunidade, o que aumenta a propensão a doenças bucais, entre elas a candidíase, provocada por um fungo. Qualquer alteração, como mau hálito ou ardência, são também sinais de atenção.
Diferentemente da cárie, que pode levar à extração do dente, na periodontite, a inflamação pode acarretar no comprometimento da arcada ou de parte dela. “É uma doença silenciosa, crônica e não tem cura, por isso precisa ser acompanhada de perto pelo dentista, já que pode levar a uma extensa perda dentária de uma vez só”, relata.
A boca é repleta de bactérias e, em caso de inflamação, elas podem entrar na corrente sanguínea, atingir órgãos como cérebro e coração e gerar complicações; daí a importância da saúde bucal. Os pacientes acamados ou internados também estão mais propensos a infecções.
“Saúde não é a ausência de doença, é o bem-estar físico e mental. E o sorriso é o nosso cartão-postal, a forma de expressar um dos sentimentos mais interessantes: a alegria. Por isso, é importante sempre cuidar dele para se manter saudável e esteticamente satisfatório, já que impacta na autoestima”, finaliza Cavalcante.
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