“Pais não podem ser forçados a vacinar seus filhos sem a certeza de que não há nenhum risco à saúde”, diz Vereador Raiff Matos

Política

Após o Governo Federal tornar obrigatória a vacinação de crianças de 6 meses a 5 anos, o vereador de Manaus, Raiff Matos (DC), se mostrou contrário a medida e cobra dos deputados federais do Amazonas a revogação imediata.

Segundo ele, a vacinação infantil ainda não é uma unanimidade na comunidade médica, e muitos profissionais levantam preocupações sobre os potenciais efeitos colaterais e riscos à vida das crianças.

“Os pais não podem ser forçados a vacinar seus filhos. E nem correr o risco de eles perderem benefícios como Bolsa Família entre outros já garantido por lei. Até termos a certeza de que não há nenhuma contraindicação ou risco a saúde e vida das crianças”, argumenta Raiff Matos.

Com a imposição da obrigatoriedade, a recusa em vacinar as crianças poderá acarretar multas e na perda de benefícios sociais, como o Bolsa Família.

O vereador conservador cobra mobilização dos deputados federais do Amazonas para revogar a medida, até que se chegue a um consenso sobre os riscos à saúde das crianças.

O que diz o Ministério da Saúde

A vacinação contra a Covid-19 será agora incorporada ao Programa Nacional de Imunização (PNI), tornando obrigatória a administração da vacina da Pfizer para crianças de 6 meses a 5 anos a partir de 2024.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil planeja adaptar a vacina contra a Covid-19 anualmente, seguindo um modelo semelhante ao da vacina contra a Influenza. A inclusão dessa vacina no calendário de imunização atende às atuais diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A questão da obrigatoriedade das vacinas também está em discussão no Congresso Nacional. A Associação Médicos pela Vida (MPV) tem expressado preocupações desde o início da vacinação de crianças contra a Covid-19, caracterizando essa medida como uma ameaça ao estado de direito, às liberdades individuais e à soberania do corpo, conforme afirmou o presidente da MPV, Antônio Jordão, em relação à decisão do Ministério da Saúde.