Desmistificar empreendedorismo e economia criativa no combate à desigualdade socioeconômica é a proposta do “Fórum de Negócios de Impacto da Periferia: Somos Raízes”, que será realizado no dia 11 de novembro, na sede da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), localizada na Rua Álvaro Braga, 351, bairro Parque 10 de Novembro. As inscrições são gratuitas, limitadas a 80 pessoas e realizadas no site do evento: conteudo.articuladoranip.com/forum-somos-raizes-2023.
O evento reunirá diferentes atores, investidores e disseminadores do ecossistema empreendedor para falar das diversas formas de inclusão produtiva e negócios criativos e de impacto na capital amazonense.
Serão três mesas de debate, 12 palestrantes e sete apresentações artísticas. Conforme enfatiza Jander Manauara, um dos organizadores do Fórum, a proposta é evidenciar a cultura empreendedora social e de inovação que se encontra e vem dos ambientes marginalizados.
“Falar de empreendedorismo e negócios de impacto no Sul e Sudeste pode até soar comum, dependendo da quebrada, agora no Norte e Nordeste, não. É certo que essas pessoas existem, porém são invisibilizadas, e quem está olhando para além da Agenda 2030? Quem está apoiando aquele que faz na ponta da ponta [da cadeia produtiva]? Quais são os potenciais negócios que irão causar transformação de dentro para fora das periferias de Manaus? É preciso mostrar que a periferia também é um catalisador de empreendedores brilhantes”, explica.
Temáticas
A primeira mesa de debate será “Desmistificar o termo negócios de impacto, que parada é essa? Eu sou isso, eu faço isso?”, com os palestrantes: Juliana Telles, co-fundadora do Impact Hub Manaus; DJ Bola a Banca, fundador da A Banca e co-criador da ANIP; Geyce Ferreira, gestora de logística nas lojas Bemol e consultora de logística da AMAZ Acelerada de Impacto; e Cleber Santos, empreendedor social e membro da Global Shapers Manaus.
Em seguida, o público acompanha a mesa “Nós somos os especialistas de nossas dores, porque não apoiar o empreendedor da periferia para que ele se torne protagonista e potência?”. Os palestrantes serão Deborah Erê, artista visual e fundadora da Casa da Sereia; Letícia Scantbelruy, idealizadora da Casa do Rio; Leonardo Gomes, ativista da cultura Hip-Hop e fundador da Street Wear DU’ROCHA; e Lua Negra, queer rapper e liderança LGBTQIA+ e cultural de Manaus.
O tema da última mesa será “Tá, mas o que pode ser negócio?”, com Cristiano Moraes, fundador da Libre Skatepark e mentor de pequenos e médios negócios; Loren Lunière, ativista LGBTQIAP+ e idealizadora de grandes eventos, incluindo o Super Love Festival; Ramom Alada, styling de Luciana Gimenez e participante do São Paulo Fashion Week + Regeneração; e Maria Cecília, gestora e líder de projetos de impacto social na Amazônia.
Atrações culturais
Entre as atrações culturais confirmadas, haverá o DJ Carapanã, produtor musical do Estúdio Fundo de Rede e da Vumbora Produção; o DJ Bola A Banca e Dom Maka, artista turntabilista e produtor cultural; e a DJ Ana Camargo, que tem forte influência do funk.
Trazendo canções históricas do Boi-Bumbá e hits originais, o grupo Kboclos é outra atração confirmada, assim como a Companhia de Dança Artigo 5, que apresentará os cinco principais estilos das Street Dance (danças urbanas), e as irmãs Lary Go e Estrela, que representarão a cultura pesada do rap manauara.
O público ainda terá a oportunidade de prestigiar o desfile de moda indígena, com roupas de algodão cru e pintadas de maneira artesanal pela estilista Yra Tikuna. Apresentadas por modelos de 12 etnias, todas as vestimentas contam histórias e são carregadas de símbolos ancestrais. Além disso, também terá uma feira com a venda de produtos de empreendedores da periferia.
“Compreenderemos ao longo da nossa jornada na periferia que existem inúmeras formas de inovação social de impacto criada a partir da dor e da necessidade de quem está nos territórios. Sabemos também que a diversidade e a criatividade se dão de forma transversal e com muita potência. É nessa direção que queremos evidenciar os manos e manas empreendedores (as) sociais periféricos de impacto que vem causando micro revoluções diárias nas periferias de Manaus”, complementa Mel Angeoles, outra organizadora do Fórum.
O Fórum é co-realizado pela Articuladora de Negócios de Impacto da Periferia (ANIP), A Banca, Artemisia e pela Fundação Getulio Vargas Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios (FGVcenn).
A realização local é feita pela Associação Intercultural de Hip Hop Urbanos da Amazônia (AIUHHAM). As parcerias estratégicas são realizadas pela Tamo Junto – Fundação Tide Setúbal, PDR – Fundo Filantrópico, Instituto Sabin, Instituto Nu, Bemol, Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e Impact Hub Manaus.