‘Educação Inteligente’: uso de IA no gerenciamento de sala de aula

Educação
Palestra sobre aplicação da ferramenta em ambiente escolar será promovida pelo CEO da EduMaker Brasil, Jhony Abreu, durante a IV Semana Iberoamericana de Educação Global

Como o avanço da Inteligência Artificial (IA) nos diversos campos da sociedade, você já parou pra pensar no impacto da ferramenta no setor educacional? CEO da EduMaker Brasil, Jhony Abreu pretende trazer à luz o tema com a palestra “Educação Inteligente: como a IA transforma a gestão de tarefas na sala de aula”, que será apresentada no segundo dia da IV Semana Iberoamericana de Educação Global.

Voltado para professores, educadores, estudantes de educação e licenciatura, o evento virtual e gratuito acontece de 13 a 16 de novembro pelo site da Aliança Latino-americana de Educação Intercultural (https://bit.ly/ivsemanaglobalalei), composta de organizações locais do AFS Intercultural Programs em 14 países. O empreendedor e pedagogo amazonense Jhony Abreu, criador da startup focada em robótica educacional, é um dos representantes do Brasil durante os quatro dias da edição, que se concentrará desta vez nos desafios da educação, à luz do uso de tecnologias emergentes.

De acordo com Jhony, a vontade de abordar o tema durante a IV Semana Iberoamericana de Educação Global foi incentivada por diversos fatores: relevância curricular; interesses dos alunos; eventos atuais; necessidades de aprendizado; inovação educacional; objetivos de desenvolvimento, como pensamento crítico, resolução de problemas ou criatividade; e feedback dos alunos.

Desafios e Impactos

Apesar de não ser uma tecnologia nova, a IA – campo da ciência que atua na reprodução de padrões de comportamento semelhantes ao humano por dispositivos e programas computacionais – tem evoluído significativamente e se mostrado cada vez mais presente em diversas áreas, incluindo a da educação.

Conforme o CEO EduMaker Brasil, a aplicação da IA na sala de aula permite promover uma gestão mais focada e ágil, graças à automação de tarefas repetitivas, à assistência virtual, à análise de desempenho, ao agendamento inteligente, ao feedback imediato e ao apoio à tomada de decisões.

“Há uma série de vantagens, a exemplo da personalização do aprendizado: por meio da análise de dados dos alunos, a IA pode criar perfis individuais de aprendizado, identificando pontos fortes e fracos. Isso permite que os educadores adaptem seu ensino para atender às necessidades específicas de cada aluno. Outro ponto é a previsão de necessidades. Com base em dados históricos e padrões de desempenho, a IA pode prever as necessidades futuras da sala de aula, permitindo uma melhor preparação e planejamento. E ainda temos também a personalização de recursos didáticos. A IA pode recomendar materiais de ensino, atividades e recursos específicos para cada aluno, com base em seu estilo de aprendizado e interesses, enriquecendo a experiência de aprendizado”, lista Jhony, que é Mestrando em Tecnologias Emergentes em Educação pela Must University (Florida – EUA).

Apaixonado por inovação, tecnologia e metodologias educacionais com foco no aluno, ele deixa claro que também há algumas desvantagens na ferramenta, como: viés algorítmico (“o que pode levar a resultados injustos ou discriminatórios, especialmente se não forem cuidadosamente treinados e monitorados”; afeto à privacidade dos alunos; despersonalização excessiva (“excessiva dependência de IA pode resultar em uma experiência de aprendizado despersonalizada, em que a interação humana e a empatia são perdidas”); desemprego de docentes; custos e acesso limitado; necessidade de treinamento; dependência tecnológica.
Segundo Jhony, com o devido equilíbrio e o uso da IA como ferramenta complementar e não substitutiva, os benefícios serão superiores. “A Inteligência Artificial na Educação já é realidade e, com cautela e responsabilidade, pode ser uma grande aliada para o ensino e a aprendizagem”.