Na abertura dos trabalhos do Plenário Ruy Araújo, na terça-feira, 6/2, o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado estadual Roberto Cidade (UB), retomou as cobranças acerca da conclusão dos trabalhos da BR-319 e do estabelecimento de prazos para a reconstrução das pontes que colapsaram na rodovia, há quase um ano e meio.
O parlamentar voltou a cobrar o Governo Federal, por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), quanto ao estabelecimento de prazos para conclusão das obras de reconstrução das pontes sobre os rios Autaz Mirim e Curuçá, e também que a rodovia seja recomposta, permitindo o trânsito regular de pessoas. Cidade afirmou ainda que irá convocar o representante local do DNIT para apresentar esclarecimentos na Aleam.
“A BR-319 é fundamental para o estado do Amazonas. Muitos falam que vão pavimentá-la e que ela vai voltar a ser trafegável, mas faz cinco anos que estou nessa Casa e todos os anos trato sobre o tema BR-319 porque ela nunca é, de fato, recomposta. Para piorar, ainda teve a queda das pontes em setembro de 2022. Apresentarei requerimento de convocação ao superintendente do DNIT no Amazonas. É preciso que ele venha aqui esclarecer como é que estão as obras, em que fase está a reconstrução das pontes que caíram. O DNIT estima que elas custarão R$ 44 milhões. É um valor exorbitante por um serviço que até hoje não sabemos de que forma está sendo conduzido”, reclamou.
Cidade recebeu apartes dos deputados estaduais Rozenha (PMB), Comandante Dan (Podemos), Abdala Fraxe (Avante), João Luiz (Republicanos) e Thiago Abrahim (UB). Todos concordaram quanto à relevância da BR-319 em condições de trafegabilidade para o Amazonas e demais estados da região Norte.
“A bandeira da reconstrução da BR-319 é de todos nós. Não consigo entender onde foi parar mais de R$ 1,3 bilhão que foram investidos, nos últimos anos, na conservação da 319. Em uma rodovia que tem duas pontes caídas. Como é que duas pontes caíram do nada? Elas caíram por falta de vistoria, por falta de conservação, porque evidentemente esse R$ 1,3 bilhão foi mal empregado. Não podemos ser tratados como um estado de segunda categoria. Por que essa rodovia não sai? A rodovia já existe há quase 50 anos. O que falta é vontade política. Se nosso estado tivesse essa rodovia, não teríamos sofrido tanto com a vazante do ano passado, em que toda a logística do estado foi prejudicada. A BR-319 fez e faz muita falta para nós”, afirmou o deputado Rozenha.
“Precisamos avançar na reconstrução daquela travessia. Agora o rio começa a encher e nós vamos enfrentar um novo problema. No próximo dia 15, faremos uma caravana para percorrer toda a BR-319. No dia 19 vamos realizar uma Audiência Pública em Humaitá para tratar de segurança e de mobilidade urbana. Que possamos reunir nossos colegas de Roraima, Rondônia, Amapá, Pará, de todo o norte do Brasil para que possamos juntos, unidos cobrar uma resolução junto ao Governo Federal, em Brasília”, declarou o deputado Comandante Dan.