Vivemos uma revolução tecnológica muito maior que a Revolução Francesa há quase três séculos. A liberdade de imprensa se confunde com a liberdade de expressão porque a imprensa mudou de perfil. Não adianta segurar isso. Querer barrar a avalanche de informações, a que temos acesso por vias não tradicionais, com medidas restritivas, seria o mesmo amarrar um cavalo com barbante.
É o fim da imprensa como ela foi conhecida durante quase um milênio? Não, jornalistas sérios e honestos sempre terão vez. Aqueles que escondiam sua mediocridade atrás de um grande veículo de imprensa onde chegaram por méritos não profissionais são rapidamente desmascarados. O bom profissional sempre será levado a sério, mesmo que aquele que for citado em suas matérias não concordar. O bom profissional é aquele que não se deixa levar por uma onda momentânea e mantém a neutralidade sempre.
A liberdade de imprensa, ao contrário que muitos dizem, sempre foi combatida por aqueles que querem dominar as massas. Tanto faz se estão encastelados em cargos públicos ou se são empresários que têm algo a esconder. Contudo, os bons governantes usam a liberdade de imprensa para se orientar, sentir a voz do povo e progredir politicamente. Até ditadores sabem que a imprensa sempre noticia o que o povo sente. Calar a imprensa sempre será um ato temporário porque ela representa até melhor a população que o político eleito. A responsabilidade de quem precisa informar é grande e, por ser tão grande como aquele que governa, jamais deve ser dominado por ele.
A liberdade de expressão em países democráticos ocorre sem percalços, no entanto em países de democracias duvidosas, ou em ditaduras escancaradas ela costuma ser barrada, mas neste mundo interligado, isso jamais impede que os fatos sejam conhecidos fora do país em questão.
A liberdade de imprensa sempre é saudável.
Escritor Luiz Lauschner
