Na tribuna da CMM, parlamentar cobrou ações e defendeu liberação imediata das obras da rodovia
Nesta segunda-feira (16/10), o vereador Peixoto (Agir) voltou a falar sobre o destravamento das obras da BR-319, no Pequeno Expediente da Câmara Municipal de Manaus (CMM). O parlamentar repudiou a fala da Ministra do Meio Ambiente, que alegou ser corajosa a postura do presidente da República, por não liberar, de forma imediata, a reforma do trecho do meio da rodovia.
O vereador, que é defensor da liberação da obra, se posicionou sobre o assunto em diversas oportunidades, reforçando a importância da BR para a população e para a economia do Estado, em especial, para a cidade de Manaus.
“Ao ver essa declaração, me choquei. Que coragem é essa em deixar mais de 4 milhões de pessoas ilhadas sem uma estrada que nos liga ao restante do Brasil? Que coragem é essa deixar o Polo Industrial de Manaus à míngua, com a possibilidade de ficar sem insumos por conta da estiagem?”, questionou Peixoto.
“E detalhe: polo esse que só no primeiro trimestre deste ano faturou mais de R$ 42 bilhões, contribuindo para a economia do país. Que coragem é essa, que na pandemia deixou várias, diversas pessoas morrerem por falta de uma via que trouxesse oxigênio?”, acrescentou o parlamentar.
Para Peixoto, Manaus e o Amazonas vivem o pior momento ambiental de sua história. A estiagem dos rios e um grande número de queimadas vêm gerando grande volume de fumaça, deixando a capital e muitas cidades do interior encobertas e gerando inúmeros problemas, entre eles de saúde.
“Na última semana, por pelo menos três dias, Manaus esteve encoberta, por fumaça, como nunca se viu. Mesmo a queimada sendo uma prática constante, do caboclo do interior, o que vivenciamos agora é sem precedente. Não vi ações efetivas do Governo Federal, somente após a inúmeras reclamações da própria população ou artistas nacionais cobrando atitudes”, lembrou o vereador.
Seca recorde – O vereador destacou que a atual seca registrada superou a cota histórica do ano de 2010. Nesta segunda-feira, a Prefeitura de Manaus divulgou que o rio Negro atingiu a cota de 13,59 metros, a menor já registrada na história, em 121 anos de leitura pelo porto de Manaus.
A notícia deixa a população em alerta, já que, conforme a Prefeitura, 63 comunidades rurais ribeirinhas de Manaus estão sendo afetadas pela severa estiagem deste ano. Ainda segundo a Prefeitura, uma força-tarefa foi montada para levar cestas básicas, água potável e itens de higiene às famílias afetadas pela seca dos rios, nos últimos dias.
“Com muita atenção estou acompanhando essa situação, desde o início da vazante. Como tenho proximidade com essas comunidades, lideranças já me procuraram pedindo apoio e já intervimos em algumas localidades e estamos dando segmento aos demais pedidos”, explicou.