Professora Jacqueline repudia reajuste salarial de 1,25% para os professores da rede municipal

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De acordo com a proposta, servidor com 20 horas semanais e dois anos de experiência teria aumento de R$ 30,61

A vereadora Professora Jacqueline (União Brasil), usou a tribuna da Câmara Municipal de Manaus (CMM), nesta segunda-feira (1º/4), para repudiar a proposta de reajuste salarial dos professores da rede municipal de 1,25%, apresentada pelo prefeito de Manaus, David Almeida (Avante).

De acordo com o texto da proposta, um professor com 20 horas semanais de trabalho e dois anos de experiência teria o aumento R$ 30,61. Segundo Jacqueline, a situação é mais preocupante no caso de um professor com cerca de cinco anos de serviço e uma carga horária de aproximadamente 40 horas semanais. Mesmo diante do reajuste proposto para 2024, o incremento salarial seria inferior a R$ 100.

A parlamentar disse que a proposta está em discussão e que existe a possibilidade dos profissionais da educação receberem o aumento de apenas R$ 30,61.

“Não tivemos uma minuta para analisar, para conversar sobre um reajuste, não tivemos uma consulta prévia à categoria. Tivemos a surpresa que a prefeitura propôs um aumento de apenas 1,25%, uma medida que, segundo documentos, resultaria em ganhos ínfimos para os educadores, que não representa nem sequer a reposição da inflação que é 1,75%”, destacou Jacqueline.

Jaqueline ainda destacou que o valor a ser reajustado “não é digno para um profissional que trabalha diariamente”.

“O professor tem que atingir as metas do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), atingir as metas das provas institucionais para satisfazer a sociedade. O professor que tem um aumento depois desse trabalho, de metas por cima de metas, é preocupante e eu vejo a partir de hoje uma greve no ano letivo caso os devidos reajustes não sejam feitos de acordo com a carga horária de cada profissional”, destacou a parlamentar.

Protesto – O Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom Sindical) realizou, na manhã desta segunda-feira (1º/4), um ato público em frente à CMM. O sindicato denunciou as propostas do Executivo Municipal, destacando promessas não cumpridas como a realização de concursos públicos e o pagamento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

O sindicato ainda solicitou a aprovação da Audiência Pública pelo ManausMed e a instauração da CPI do Fundeb.

Texto: Assessoria de Comunicação da vereadora
Foto: Mauro Pereira – Dicom/CMM